quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Parabéns UNESP!

    Nossa querida UNESP ficou mais velhinha. Ontem, dia 30 de janeiro, completou 37 anos de vida. Anos de muitas conquistas, glórias e orgulho para o país e para todos os estudantes.
    É a segunda casa e a nova moradia de vários estudantes, que saem muitas vezes de longas distâncias em busca de um ensino de qualidade e uma vivência única.
   Ser unespiano é algo que dura para sempre, não só para colocar na parte de formação do currículo, mas por ser uma universidade única, que prepara alunos para o mercado de trabalho e para a vida.
   Além de tudo isso, ainda possui a maior e melhor festa universitária do país, nosso maravilhoso Interunesp.

Alguns links para quem quer conhecer melhor a UNESP:

Site oficial da UNESP
UNESP na Wikipedia
Editora UNESP
TV UNESP
Rádio UNESP
UNESP Aberta
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Renata Tolezano (Pigméia)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O cio em cadelas


    O cio das cadelas é dividido, basicamente, em quatro partes: proestro, estro, metaestro e anestro. O proestro tem duração de sete a dez dias e é nesta fase que ocorre o sangramento. A fêmea ainda recusa à monta do macho, podendo até ficar agressiva. O estro dura de cinco a dez dias e é a época ideal para acasalamento. O metaestro tem duração de 110 a 140 dias, que é semelhante ao tempo de gestação e lactação da fêmea. Caso não ocorra a fecundação, pode acontecer nesta fase a pseudogestação ou gravidez psicológica, caracterizada pelo aumento das glândulas mamárias, produção de leite, instinto da preparação de um ninho e a adoção de objetos como “filhotes”. O anestro é a fase em que a cadela não acasala e possui um “descanso sexual”.
    A época mais aconselhável para uma fêmea acasalar é após o terceiro cio, idade na qual ela já estará suficientemente amadurecida para parir e cuidar de seus filhotes, além de seu desenvolvimento físico já ter se completado e a gestação não causar problemas à sua saúde. Alguns veterinários e criadores recomendam que o primeiro cruzamento seja feito com um macho de tamanho inferior ou equivalente ao da fêmea para evitar traumas ou problemas no parto.
    Os exames pré-natais são muito importantes para verificar a saúde, a vermifugação e a vacinação da cadela, além de se ter certeza do número exato de filhotes que irão nascer.
A gestação de uma cadela dura em torno de dois meses, de forma que o proprietário deve ficar atento aos sinais que a cadela apresenta no momento de parir os filhotes. Normalmente, os sinais são a inquietação e o início da construção de um ninho, ocorrendo cerca de 48 horas antes do trabalho de parto.
    Após o início das contrações, leva-se aproximadamente de duas a quatro horas até que nasça o primeiro filhote, sendo que o intervalo entre os nascimentos é de quinze minutos a uma hora. Caso o tempo ultrapasse o esperado ou a cadela esteja sentindo muito desconforto, o indicado é procurar a ajuda de um veterinário para auxiliar no parto.
Após o nascimento, limpe o local do parto e encaminhe a fêmea e os filhotes para um local limpo, confortável e livre de estresse. Ofereça a ela uma alimentação balanceada e bastante água, proporcionando conforto e bem-estar para ajudá-la nos cuidados com a sua ninhada.

Lucas Rizzo Marques (Suéco)


Vulva normal (esq.) e durante o cio (dir.)

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Bolo Express!


Quem nunca recebeu aquela visitinha de última hora e não tinha nada bacana para servir no lanche? Ou que ficou com preguiça de fazer um bolo só de pensar na quantidade de louça para lavar depois? Cada dia que passa, as receitas feitas no microondas ganham mais adeptos, e aqui vai uma dica para quem quer praticidade e rapidez, porém sem perder o sabor de um bolo feito em casa!

Bolo de Laranja de Caneca

Ingredientes:
·         1 ovo pequeno
·         3 colheres (sopa) de óleo
·         4 colheres (sopa) rasas de açúcar
·         4 colheres (sopa) de suco de laranja
·         5 colheres (sopa) rasas de farinha de trigo
·         1 colher (café) de fermento em pó
  
Cobertura
·         2 colheres (sopa) açúcar de confeiteiro
·         3 colheres (chá) de suco de laranja

Modo de preparo
Coloque o ovo na caneca (com capacidade igual ou maior a 300 ml, assim não há riscos do bolo transbordar) e bata com o garfo. Adicione o óleo, o açúcar e o suco de laranja. e misture. Acrescente a farinha, o fermento, e misture até uniformizar. Leve por três minutos ao microondas em potência máxima. Para a cobertura, basta juntar os ingredientes e cobrir o bolo.
Dica: Vale trocar o suco de laranja pelo de limão. Mas, para essa substituição, em vez de 4 colheres (sopa) do suco da laranja, use 2 colheres (sopa) do limão, pois o sabor do mesmo é mais acentuado.
Receita extraída de: http://tvg.globo.com/receitas

Leyriane de Oliveira (Táca-Loca)



segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Pimp My Carroça


    Desde 2007, o grafiteiro Mundano grafitou mais de 150 carroças por diversas cidades do Brasil e do mundo. O artista reconheceu nas carroças um meio diferenciado para obras de protesto, visando destacar diversas contradições sociais e despertando o papel individual das pessoas para a resolução de problemas coletivos, ou seja: cada um fazendo sua parte, o mundo fica coletivamente melhor.
    Um projeto maior, atendendo mais catadores, necessitava de uma verba mais elevada. Para isso, Mundano criou o projeto Pimp My Carroça no catarse.me, site no qual as pessoas podem auxiliar no financiamento de  projetos criativos, em troca de prêmios (adesivos, camisetas etc). A ideia surgiu com o intuito de modificar o descaso da sociedade em relação aos catadores, tirando-os da invisibilidade social através da arte, “tunando” suas carroças. Além disso, forneceria um dia de atividades médicas e recreativas, questionando o destino de toneladas de materiais recicláveis que são desperdiçados cotidianamente. Só na Cidade de São Paulo, são produzidas 17 mil toneladas de lixo diariamente, sendo apenas 1% disso reciclado. Os mais de 20 mil catadores da cidade são responsáveis pela coleta de 90% dos resíduos destinados à reciclagem e, mesmo assim, são marginalizados e discriminados pela sociedade.
    Inicialmente, o projeto necessitava de R$ 38.200, visando atender 50 catadores. Porém, ao final do prazo, arrecadou R$ 63.950, com o total de 792 apoiadores. A primeira edição do evento ocorreu em São Paulo, no Vale do Anhangabaú, enquanto a segunda ocorreu no Rio do Janeiro, na Praça Tiradentes. E o Pimp My Carroça não pára por aí: Mundano pretende estender o projeto a diversas cidades do Brasil e do mundo.
   As carroças passaram por uma reforma estrutural, recebendo diversos itens de segurança, como retrovisores, faixas reflexivas, cordas e luvas, além de serem estilizadas por diversos grafiteiros famosos, com imagens e frases de efeito. Já o catador, também não fica para trás! Ganha a camiseta do Pimp My Carroça, recebe uma boa refeição, passa por um clínico geral, oftalmologista, conversa com um especialista em dependência química, e até mesmo seus animais recebem serviço Médico Veterinário. As pintursa de frases de efeito nas carroças aumentam a interação das pessoas com estes trabalhadores, reduzindo o preconceito, além de deixá-los mais felizes por terem seu meio de trabalho mais bonito.
     “A gente enxerga o lixo como um problema, se a gente enxergar como solução para problemas sociais e ambientais, como uma forma de gerar emprego e tirar pessoas da rua, toda a sociedade se beneficiará”, disse Mundano.

Renata Tolezano (Pigméia)







quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Castração precoce


Antes realizada apenas como método de esterilização, hoje a castração pré-puberdade 
está entrando para o rol de cirurgias preventivas, fazendo com se torne incerta sua 
prática, com tantos benefícios e tantas desvantagens.
        
           Alguns dados sugerem que existem no Brasil cerca de sete milhões de gatos e vinte e cinco milhões de cães domiciliados, inseridos em todas as classes sociais. Um equilíbrio biológico é então necessário, a fim de que a interação entre seres humanos e animais não seja afetada, considerando que um número excessivo desses animais gera gatos e cães errantes e superpopulações, podendo ocasionar vários problemas para a saúde pública. Métodos cirúrgicos que induzem à esterilidade permanente, seja por alterações anatômicas do aparelho reprodutor, por meio de remoção cirúrgica parcial (ovariectomia e deferentectomia) ou total (ováriossalpingohisterectomia e orquiectomia), ajudam no controle da reprodução de cães e gatos.
A castração precoce, a qual inicialmente buscava o controle populacional, ganhou novas conotações e, muitas vezes, a esterilidade não é o motivo principal para realizá-la. É um procedimento que vem sendo realizado em grande parte do mundo, em especial nos Estados Unidos, o qual faz com que cada vez mais não só os médicos veterinários, mas os próprios proprietários passem a questionar a idade ideal para um melhor desempenho desse método e se deve ser realizada com outros intuitos. Sabe-se que pacientes jovens se recuperam mais rapidamente, têm menor incidência de complicações durante ou  posteriormente à cirurgia, além da incisão ser menor e o tempo de duração da cirurgia reduzido.
Além disso, a castração previne as chances de piometra, patologia que acomete o útero de gatas e cadelas, de meia idade a idosas e não castradas. Sua caracterização deve-se a uma infeccção bacteriana, com presença de exsudato muco-purulento no lúmen uterino, em decorrência de uma estimulação prolongada de hormônios, o que gera uma hiperplasia endometrial cística. Na fase do diestro, o aumento do nível de progesterona aumenta atividade das glândulas secretoras e diminui a defesa imunológica, bem como a atividade miometrial, favorecendo as infecções.
É provado que a incidência do tumor de mama, o segundo mais freqüente em cadelas e o terceiro que mais acomete gatas, cai para 0,5% quando a fêmea da espécie canina é castrada antes do primeiro cio, todavia, se é castrada após o segundo cio, essa intervenção cirúrgica não possuem efeito. Infelizmente, nem tudo são “flores”, a castração precoce pode gerar aumento no risco de problemas ao animal, dentre eles a incontinência urinária, caracterizado como uma condição debilitante que acomete principalmente fêmeas castradas, sendo que a sua incidência é estrógeno-dependente. Essa patologia é causada por decréscimo na pressão de fechamento uretral, aumento do depósito de colágeno na musculatura lisa da bexiga e alterações hormonais.
Outra desvantagem da castração precoce é o ganho de peso, mesmo que o consumo de alimento não varie. Não está claramente definida a relação entre a castração e a obesidade nos animais domésticos, sabe-se que cadelas castradas têm um aumento de apetite e ingestão de alimentos e, o estrogênio pode ter a ação de um fator de saciedade. Felizmente, essa situação pode ser controlada com prática de exercícios físicos e uma dieta adequada.
A precocidade de uma castração também provoca o retardo do crescimento do cão e do gato. Isso ocorre porque a maturidade do esqueleto está relacionada à puberdade, a qual sofre ação direta dos hormônios sexuais, os quais, por sua vez, influenciam o metabolismo dos ossos. A prática também atrasa o fechamento das epífises ósseas, significando que o animal permanece em crescimento mais tempo e tem estatura um pouco maior do que teria caso fosse “inteiro”.
E as desvantagens não param por aí, principalmente nas cadelas, as dermatites peri-vulvares e as vaginites são associadas à castração, principalmente quando esta ocorre antes da puberdade. Além disso, alguns estudos demonstram que a castração precoce em gatos e cães pode desenvolver tumores nas glândulas adrenais.
Sabe-se que mais estudos devem ser feitos. O que se recomenda é que a castração para animais de pequeno porte ocorra quando ele está com sete semanas de vida. O fator financeiro também é importante e conta muito quando o médico veterinário opta pela castração precoce, a qual gera redução de gastos e duração da cirurgia. Os riscos genéticos também podem influenciar na escolha, por exemplo, se houver casos de câncer de mama na família. Desta forma, deve-se colocar em uma balança, as vantagens e desvantagens da castração precoce, sendo que a escolha deve ser aquela que busque o melhor para o paciente.

                                                                                                           Larissa Ayane (Gyrina)





         


           

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O leite que faz dormir


    A Nova Zelândia produz, atualmente, 18 bilhões de litros de leite por ano e exporta 95% desse total. Apesar de não ocupar posição entre os maiores produtores de leite do mundo, que são União Europeia (30%), EUA (20%), Índia (11%) e China, Rússia e Brasil (7%), a Nova Zelândia tem importância para o mercado internacional graças a qualidade do leite que produz.
   Os neozelandeses investem intensamente em pesquisas que visem tecnologias para a melhoria da qualidade de pastagens, o melhoramento genético dos animais e o aumento da quantidade de sólidos totais no leite. A média de sólidos totais no leite das vacas neozelandesas é de 80 a 100 quilos por tonelada de matéria seca. Por isso, o leite neozelandês é mais cremoso que o leite brasileiro.
   Dentro dessa perspectiva, estudos mostraram uma ótima alternativa para pessoas que sofrem de insônia: tratamento com leite. Parece milagre, um alimento tão comum no dia-a-dia das pessoas se tornar um remédio para o principal distúrbio do sono. Mas há todo um embasamento científico por trás do “Sleeping Milk”, que será lançado em breve no mercado.
  O milagre está baseado no hormônio melatonina. Esta substância é produzida pelo organismo dos seres humanos e tem como principal função a regulação do sono. Em ambientes escuros e calmos os níveis de melatonina aumentam, levando ao estado de sono. Indivíduos que sofrem de insônia apresentam dificuldade em iniciar ou manter esse estado.
    A pergunta é: o que o ”Sleeping Milk” tem de diferente dos demais leites? Ele é um leite rico em melatonina. Anos de pesquisas mostraram que as vacas produzem melatonina em maior quantidade durante o período da noite. Dessa forma, os produtores foram instruídos a realizar a primeira ordenha durante a noite, e separar este leite do que foi retirado nas demais ordenhas. Dessa forma, com os investimentos neozelandeses, foi possível criar um auxiliar do sono 100% natural.

Clarissa Helena Santana (Tocada)


Venha conhecer Chernobyl!

    Em abril de 1986, o desastre nuclear de Chernobyl equivaleu a 400 bombas iguais à de Hiroshima. Milhares de pessoas tiveram que ser deslocadas, formando uma zona de exclusão ao redor da usina. Com o tempo, o local se transformou num santuário ecológico, apesar de ser uma das áreas mais contaminadas do mundo. Toda a área foi deixada apenas para os animais, que se multiplicaram. Espécies que não eram vistas havia décadas, como o lince e a coruja gigante, começaram a retornar.
  Hoje, Chernobyl virou atração turística para aqueles que gostam de viver perigosamente e desafiam os números dos medidores de radiações. Desde 2002, a área está liberada para visitação e o número de turistas que procuram por esse passeio cresce a cada ano. Existem diversas recomendações e uma lista de regras para a excursão. No passeio deve-se levar água potável e não pode tocar em nada. O percurso também é proibido para grávidas, menores de 18 anos e pessoas que possuam alguma contra-indicação para a radiação ionizante. Há um termo de responsabilidade que deve ser assinado pelos visitantes.
Os itinerários organizados podem incluir almoço, transporte, vistos de entrada para o local, acompanhamento de um guia, medição das radiações e passagem pelos escombros que resultaram da explosão do reator nuclear.
  Quem, ao final do passeio, estiver contaminado com níveis não seguros de radiação, não poderá deixar o perímetro imediatamente, sendo que a recuperação pode levar dias.
Pessoas do local dizem que bebidas alcoólicas fortes como vodca ajudam a retirar radiação do corpo, assim como a vitamina C.
  Por iniciativa do governo ucraniano, as excursões acontecem uma vez por semana e os visitantes poderão passar pelas cidades de Chernobyl e Pripyat. Pripyat, onde viviam 45 mil pessoas, hoje, é uma legítima cidade fantasma; todos os edifícios estão em ruínas e, pouco a pouco, tudo é engolido pelo mato. São dezenas de prédios abandonados a se perder de vista. Tudo vazio, saqueado e tomado pelo mato.

Débora Polesel (Di-mel)





terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Alimentação natural: opção saudável ou risco desnecessário?


   Atualmente, torna-se cada vez mais evidente a atenção de proprietários com a saúde e qualidade de vida de seus animais de estimação, fato facilmente comprovado pelo enorme crescimento apresentado pelo mercado pet nos últimos anos, gerando um movimento de milhões de dólares. Uma das maiores preocupações do proprietário moderno está em disponibilizar ao seu animal uma alimentação rica e balanceada, capaz de atender as necessidades nutricionais exigidas pela espécie. A isso se deve o aumento de opções de rações Premium e Super Premium no mercado, específicas para tamanhos, raça e até mesmo estado de saúde do animal.
   Porém, alguns desses proprietários buscam ainda mais, e encontram na Alimentação Natural uma alternativa saborosa e saudável para a dieta de seus bichinhos. A alimentação natural promete, a partir de alimentos facilmente encontrados em mercados, aproximar a dieta daquela que o animal está biologicamente “programado” para ingerir, após milhares de ano de evolução, além de livre de aditivos e conservantes. É composta principalmente de carne, grãos e legumes (cozidos ou não, dependendo da vertente adotada) além dos ditos “ossos carnudos”, aqueles com maior quantidade de tutano, todos devidamente balanceados de modo a atender saborosamente as exigências do animal.  Mas será que esta opção realmente é capaz de atender suas reais necessidades, podendo até mesmo superar o desempenho de rações?
   Segundo os adeptos da Alimentação Natural, após a adoção da dieta o cãozinho ou gato mostrou-se mais forte, ativo, pelos mais brilhantes, redução de uso de remédios, e diversos outros benefícios. Com alimentos mais gostosos, ricos e diversos, a alimentação deixa de se tornar um ritual, e passa a ser uma brincadeira para o animal. Entre as maiores dificuldades encontradas, ressaltam o enorme tempo e trabalho envolvido na procura e preparo desses alimentos, que não podem ser simplesmente os mesmos à mesa dos donos, ou seja, não podem ser temperados, cobertos com molhos, além de exigir uma variedade muito maior do que a que muitas vezes o proprietário se alimenta. É necessário muito mais disciplina do que simplesmente encher o pote de ração do animal. Quanto aos custos com a dieta, dizem ser equivalente ao que gastariam mensalmente com uma ração Premium ou Super Premium.
   Alguns profissionais argumentam, porém, que a Alimentação Natural não passa de mais uma forma de humanização dos animais. Para eles, as rações de elite são o resultado de anos de pesquisa, atendendo as mínimas necessidades do animal, até mesmo de palatabilidade e aceitabilidade; trocar as mesmas por uma dieta incerta, sujeita a erros, é um risco desnecessário corrido por aqueles que apoiam o chamado “Cão Verde”. O que não há dúvida, porém, é que os maiores riscos de se optar pela Alimentação Natural estão na própria dificuldade e dedicação necessárias para aplicar corretamente a dieta; não são raras as alimentações desfalcadas pela falta de certo alimento, ou por preguiça de prepará-lo, bem como o caso de donos que tentaram a Alimentação Natural e logo desistiram. Além disso, muitas vezes o proprietário decide por aplicar a dieta sem ajuda profissional, fazendo com que aquilo que acredita serem deliciosas receitas para seu animalzinho se transformem em amargas receitas para o fracasso.
   A Alimentação Natural é apenas uma recente forma de aumentar a qualidade de vida dos nossos animais de estimação, mas certamente ainda é preciso pesquisar muito para saber a real eficácia e eficiência dessa alimentação frente às diversas opções de ração no mercado. Além disso, deve-se ressaltar que, apesar de parecer simples e prática, não deve ser feita de modo amador: o proprietário que julgar melhor essa forma de alimentação deve procurar um médico veterinário capacitado em auxiliar no preparo da dieta adequada para o seu animal, balanceada conforme as necessidades particulares daquele indivíduo. Ainda há muito que se aprender sobre a Alimentação Natural, mas certamente a mesma se firmará cada vez mais como uma opção saborosa e saudável de se criar e mimar nossos tão amados animais de estimação. Para maiores informações sobre a Alimentação Natural, acesse www.cachorroverde.com.br.

Gabriel Cristofoletti (Mordelão)


  









Um alimento cavalar

    O consumo de carne de cavalo tem origem de povos antigos. Os germânicos, nas festas pagãs em celebração ao deus Odin (símbolo de bravura, altivez e valor), comiam pratos preparados com tal carne. Porém, no século VIII, o Papa Zacarias proibiu o consumo de carne equina, como forma de acabar com a cultura pagã. Entre os séculos XII e XIII, chefes de tropas do imperador mongol Gengis Khan matavam os cavalos que não conseguiam mais trabalhar e lutar, e consumiam sua carne como forma de driblar a fome oriunda da guerra. A enciclopédia Larousse Gastronomique conta que o consumo na França foi impedido até 1811, porém, em 1856, aconteceu o chamado “banquete hipofágico”, no Grand Hotel de Paris, no qual escritores e cientistas provaram e aprovaram pratos à base de carne de cavalo.
    O consumo de carne de cavalo no Brasil praticamente é nulo, mesmo o país sendo o terceiro maior produtor e exportador desse produto e possuindo cinco abatedouros especializados. A produção de 15 mil toneladas por ano abastece países onde a carne é apreciada pela maioria da população, como Itália, França, Holanda, Bélgica e Japão. Esse mercado gera uma receita de US$ 35 mil anuais, no qual o quilo na carne é vendido por, no mínimo, R$ 25,00. O rendimento de carcaça médio do equino é de 55%, variando de 40% a 50% nos animais mais magros e de 60% a 65% ,nos mais gordos.
    A carne de cavalo, em comparação a carne bovina, tem uma coloração mais forte, tendendo ao vermelho escuro. Seu gosto é mais adocicado devido ao alto teor de glicogênio, e a gordura é escassa e fluída, a qual rodeia os feixes musculares sem misturar-se com as fibras. Ela oferece ainda mais proteínas e ferro que a bovina. Porém, na Grande enciclopedia illustrata della gastronomia (Guarnaschelli Gotti Marco), a carne de cavalo está em desvantagem pelo seu sabor adocicado, cor mais avermelhada e por ter que ser servida grelhada e mal passada.
     A produção de cavalos somente para o abate não apresenta vantagem econômica, pois ela se torna mais cara quando comparada com outras criações como a bovina e suína, pois os equinos crescem e ganham peso mais lentamente. Os cavalos de destino a abate são aqueles considerados impróprios para o trabalho ou abandonados por seus proprietários (desde que a condição de saúde do animal esteja adequada). Cavalos atletas não são destinados à linha de produção quando terminam sua vida de competições e treinos. O processo é feito dentro de todas as normas sanitárias e de abate humanitário vigentes.
Em maio de 2007 o governo americano cedeu às manifestações de grupos como Animal Welfare Institute e PETA, intituladas “matança cruel de cavalos”, cortando as verbas destinadas a fiscalizações sanitárias nos abatedouros. Como resultado, neste ano, todos os frigoríferos especializados em abater cavalos foram fechados. Em 2008, com a inesperada crise econômica, inúmeros proprietários que não tinham mais como tratar de seus cavalos os abandonavam em beiras de estradas ou terrenos. Em 2009, o número de animais abandonados no Colorado, por exemplo, pulou de 975 (2005) para 1,6 mil. Em virtude disso, cerca de 140 mil animais foram mandados para Canadá e México para serem abatidos. Sendo assim, como forma de criar mais empregos, Barack Obama, no final de 2011, aprovou uma lei que permite destinar verba à inspeção de carne de cavalo e reabrir os matadouros nos EUA.
    O repúdio ao consumo de carne equina no Brasil ambienta-se no fato de que os cavalos são animais de companhia, os quais acompanham seu dono em longos períodos e fases de suas vidas. Além disso, são considerados animais de alto nível, seja por sua força ou beleza. Porém, o consumo de outras carnes é altamente aceito pela sociedade, mesmo sabendo que os outros animais também são capazes de realizar tais feitos. Você concorda com isso?

  

Gabriel Luiz Montanhim (Xevetchy)





segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Zooterapia


   A Zooterapia, ou Terapia Assistida por Animais, é definida como um conjunto de técnicas para reabilitação ou reeducação de alterações físicas, psíquicas, sensoriais e comportamentais de indivíduos, em que são usados animais como assistentes. O papel dos animais nessa técnica inclui a atuação como facilitadores da inclusão social e do processo de ensino-aprendizagem, ou ainda como sociabilizadores, ou seja, estimuladores de atividades sociais, físicas e terapêuticas.
   Os benefícios da Terapia Assistida por Animais têm sido descritos em estudos com crianças e adolescentes com ou sem déficits cognitivos, idosos institucionalizados ou não, dependentes químicos, alcoólatras e portadores de diferentes tipos de deficiências ou patologias (SILVA, 2010), visando estimular a atividade motora; reduzir ansiedade e  estresse; estimular a socialização entre equipe e paciente; reduzir alergias; controlar hiperatividade, transtorno de déficit de atenção; e até ressocializar presidiário. Um ponto importante é que o animal tenha passado por um processo educativo para estar apto à introdução dos pacientes e esteja adequado, sob o ponto de vista sanitário, visto que este trabalho muitas vezes é desenvolvido em hospitais, asilos e creches.
   O projeto “Desenvolvendo a afetividade de idosos institucionalizados através dos animais” é um exemplo da influência da zooterapia no cotidiano dos pacientes. A cada 15 dias, alunos da USP e de outras instituições de ensino visitam pacientes do asilo São Vicente de Paula, em Pirassununga (SP), levando animais como cães, peixes, tartarugas, pássaros e até escargots. Esse trabalho vem proporcionando um aumento da afetividade, do ânimo e da socialização dos idosos. Integrado a isso, ocorre a promoção da interdisciplinaridade das áreas da saúde, envolvendo médicos veterinários, enfermeiros, geriatras, fisioterapeutas e psicólogos, permitindo a visão do quadro do paciente como um todo, e de maneira mais consistente.
   Desde 350 A.C, Hipócrates, o pai da medicina, já indicava terapias com cavalos para tratamento de saúde física e comportamental, surgindo então uma área da zooterapia, a Equoterapia, a qual emprega o cavalo como agente promotor. Essa prática exige a participação do corpo inteiro, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da força muscular, relaxamento, conscientização do próprio corpo, e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio. Isso graças à marcha do cavalo, que se assemelha à  do humano, mitigando o caminhar do paciente, estimulando assim a parte sensorial e motora.
   Dessa forma,a zooterapia tem apresentado benefícios significativos para os pacientes, em diversas áreas e, por isso, a importância de ser estudada mais profundamente, com o objetivo de alcançar informações cada vez mais concisas de sua utilização.

Ana Carolina Franco (Yes-baby)


Era uma vez no Maranhão...


   Por dez dias vivenciei, sob a minha ótica e o meu conforto, uma realidade que não é a minha, mas que me afetou. Vi muitos dormindo nas calçadas, mal abrigados e descobertos, largados e esquecidos. Quando amanhecia, os que pareciam moribundos ganhavam vida e, de alguma forma, misturavam-se e camuflavam-se com os demais, que desde as sete da manhã estavam a postos lutando pelo seu pão. Os garis limpavam a sujeira que podiam das ruas nessas noites. Os mais sujos eram os policiais, que salvaguardavam o centro histórico à sua maneira... honestamente, não vi utilidade em tê-los ou não ali.
   Mal amanhecia e o sol no céu queimava a pele dos desprotegidos, despreparados e sem mãe: os turistas - aqueles que passam repelentes, protetor solar fator 60 e tentam ilusoriamente estar preparados para todas as adversidades.     
Os nativos, de pele morena, alguns vestindo carrancas no lugar habitual dos seus rostos, armados e xenofóbicos... Outros, simpaticíssimos, gentis e de sorriso largo, prontos para ajudar ou dar um bom dia efusivo, contrastando e dando vida aos dias quentes e aos ônibus e ruas lotadas.
   Em Raposa, um povoado vizinho de mulheres rendeiras e homens trabalhadores do mangue, estão abertos à visitação e encantam com sua simplicidade e com suas palafitas sofisticadas que comercializam Coca-Cola, ainda que mal tenham água encanada.
O sossego das pessoas se assemelha ao de suas tão famosas dunas e lençóis. O reggae que ecoa nas esquinas, misturado ao som de um forró mais que animado, é o que movimenta o povo nas baladas. Tenho pra mim que se não fosse a sua música, eles não seriam os mesmos.
   Foi por essas e outras que eu percebi, ao contrário do que a mídia vende, que não são somente os sabores como o do cupuaçu, cajá, bacuri e do famoso Guaraná Jesus, a disposição dos azulejos e a arquitetura das velhas casas quem dão o gingado e a malemolência típica de São Luis do Maranhão. Adiciona-se também os contrastes e as percepções de fatos reais, vividos por mim e por outros que desconheço, nesta cidade muito longe, muito longe daqui, que tem problemas que parecem os problemas daqui. E para os que desconhecem qualquer fato a respeito, estar no Maranhão é arte, suar faz parte.


Natália Benincasa (Pi-xanga)





domingo, 20 de janeiro de 2013

E você, é a favor?


   Vamos falar sobre algo polêmico: eutanásia animal. A palavra vem do grego, significa “boa morte” e é o ato de levar um animal à morte sem dor ou sofrimento. Este é um assunto delicado que gera muitas discussões e divergências de opiniões, e também pode representar a postura pessoal de cada profissional da área, não somente no aspecto técnico, mas também psicologicamente, estando ele preparado a realizá-la nas diferentes situações.
   Aqui na FCAV, toda uma discussão sobre o tema teve início em um seminário proposto pela Disciplina Deontologia Veterinária, aplicada no sétimo semestre do Curso de Medicina Veterinária, em que as alunas Fabiana Del Lama Rocha, Mariana Riboli Tavares, Michelli Fenerich, Stella Mara Ap. Morais, Suzane Peres Campanholi e Talita Beani Corsini se propuseram a realizar uma pesquisa com os graduandos de Medicina Veterinária deste campus, quanto à aceitação da eutanásia, em diferentes situações em que ela pode ser aplicada. Abaixo, segue o questionário entregue a cada estudante durante a pesquisa.

                          Marque as situações nas quais você CONCORDA com a eutanásia de animais:

(   ) Abate de animais para o consumo
(   ) Animais com doenças terminais, sem perspectivas de cura
(   ) Animais selvagens excedentes em zoológicos
(   ) Animais utilizados em pesquisas científicas
(   ) Animais “de rua” recolhidos por Centros de Controle de Zoonoses (controle populacional)
(   ) Animais domésticos portadores de zoonoses (Ex: Leishmaniose)



 
Os resultados por turma foram:
Situação
% de Favoráveis
Vet 12
Vet 11
Vet 10
Vet 
09
Vet 08
Abate de animais para o consumo
77,2
82
80
94,1
78,3
Animais com doenças terminais, sem perspectivas de cura
95,4
84
71,4
92,1
89,1
Animais selvagens excedentes em zoológicos
2,2
2,0
8,5
21,5
24,3
Animais utilizados em pesquisas científicas
25
34
14,3
49
48,6
Animais “de rua” recolhidos por Centros de Controle de Zoonoses
2,27
16
8,5
29,4
18,9
Animais domésticos portadores de zoonoses
63,3
38
80
78,4
83,7

Das 217 pessoas pesquisadas, o resultado geral foi:
% de Favoráveis
Animais com doenças terminais
87
Abate de animais para o consumo
82,9
Animais domésticos portadores de zoonoses
67,2
Animais utilizados em pesquisas científicas
35
Animais “de rua” recolhidos por CCZ
15,6
Animais domésticos portadores de zoonoses
11,5

   De acordo com os dados obtidos, observou-se que a maior aceitação dos estudantes foi quanto à eutanásia em animais debilitados, sem perspectivas de cura, o que foi, para surpresa de alguns, mais bem aceito que o abate de animais para o consumo. A prática menos aceita foi de eutanásia em animais excedentes em zoológicos, seguida pela eliminação de animais recolhidos por Centros de Controle de Zoonoses (CCZ). A resolução n° 714, de 20 de junho de 2002, regulamenta os procedimentos e métodos de eutanásia em animais, além do que, para cada caso abordado nessa pesquisa, existe uma legislação específica. Portanto, cabe a cada um tirar suas próprias conclusões a respeito desta pesquisa, e também determinar a sua conduta profissional, sempre tendo em vista a legislação estadual e/ou federal vigente e o código de ética da Medicina Veterinária.


Michelli Fenerich (Malisa)

"Pesquisa bem interessante" - Cão

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