quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Dicas para quem quer viajar ao exterior

Qualquer viagem ao exterior demanda um bom planejamento do viajante, para um mochilão ou um intercâmbio universitário. Ter um conhecimento básico da língua do(s) país(es) que será(ão) visitado(s) torna a viagem mais fácil e tranquila.
   Algumas plataformas virtuais gratuitas (ótimo para você, estudante universitário abaixo da linha de pobreza) facilitam este aprendizado, tanto para quem busca o básico, como o avançado: 

Colingo - Ideal para quem quer aprender inglês com americanos nativos
Bussu - É possível aprender até 12 idiomas
Forvo - Ideal para quem tem curiosidade de saber como se pronuncia determinada palavra
Livemocha - As pessoas podem tanto aprender quanto ensinar um outro idioma pra alguém
Memrise - Ideal para pessoas que já têm algum conhecimento em um determinado idioma e desejam ampliar o vocabulário

Weblínguas - Site brasileiro,  no qual os usuários podem aprender português, inglês, espanhol e francês
My Happy Planet - Conecta estudantes de uma língua com seus proficientes
My Language Exchange - Permite que estudantes se conectem diretamente com outros usuários nativos para aprender um novo idioma
The Mixxer - Conecta estudantes com usuários de outras partes do mundo
BBC Languages - Possível aprender até 40 línguas

   Ainda para quem vai viajar sozinho, algumas dicas e informações úteis podem ser adquiridas em diversos sites:

Portal Consular -  Ideal para checar informações sobre o destino desejadoMulher que viaja sozinha - Dicas e relatos de viagens feitas por leitoras desacompanhadas

Travel State -  É destinado a viajantes do Departamento de Estado dos EUASolo travel - Possui pequenos artigos sobre viagens solo em diversos destinos e dicas para mochileiros
Travelling alone - Dicas de segurança para homens e mulheres, artigos sobre atividades, planejamento, questões culturais e conselhos

Além disso, conversar com um amigo que já viajou para intercâmbio ajuda ainda mais. 


"Não vês que somos viajantes?
E tu me perguntas:
Que é viajar?
Eu respondo com uma palavra: é avançar!
Experimentais isto em ti
Que nunca te satisfaças com aquilo que és
Para que sejas um dia aquilo que ainda não és.
Avança sempre! Não fiques parado no caminho."
Santo Agostinho


Fonte: catracalivre.folha.uol.com.br

Por Renata Tolezano (Pigméia)

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Formação acadêmica além do convencional



    O Programa de Educação Tutorial - PET - é um programa educacional, criado pelo MEC, que estimula alunos dos mais diversos cursos de graduação a realizarem projetos que unam a pesquisa, o ensino e a extensão. Este é um programa que abrange todas as regiões do Brasil e é bem difundido entre as universidades públicas e algumas privadas. 

    Dentre os PET’s da Medicina Veterinária espalhados pelo país, o PET Vet da FCAV foi o primeiro a ser implantado. Graças à sua pretensão de unir os três pilares da formação acadêmica, os alunos “petianos” formam-se, inquestionavelmente, diferenciados. Quando digo isto, não estou me referindo apenas ao conhecimento técnico mas, especialmente, aos aspectos pessoais e profissionais que, conjuntamente, formam um profissional completo.
“Educação Tutorial” trata-se de um modelo de aprendizagem em que os mais “velhos” passam seus conhecimentos aos mais “novos”. Analisando somente por este aspecto vemos que, tão logo entramos no programa, estamos nos submetendo a aprender com os alunos que já têm certo tempo de experiência. Após um ano, novos alunos entrarão e, então, temos por missão passar tudo aquilo que aprendemos. Ademais, o professor tutor é a figura presente e indispensável em todas as discussões e decisões, nos orientando em todos os aspectos. Também é destacável o vínculo que criamos entre nós, tutor e alunos, pois nos tornamos uma grande equipe, formada de amigos e companheiros de trabalho.

  Nas reuniões semanais somos postos à prova de trabalhar em grupo. São feitas discussões a respeito dos projetos a serem desenvolvidos, onde todos têm a oportunidade de expressar suas ideias e opiniões, de ouvir e serem ouvidos. Participar deste tipo de discussão traz grandes benefícios. Adquirimos o espírito da organização e planejamento, a melhor forma de se trabalhar, de nos dividir e otimizar nosso tempo. Somos constantemente desafiados a improvisar em meio ao imprevisível. Além disso, desenvolvemos a capacidade de pensar. Não apenas aquele ato trivial com o qual estamos habituados, mas sim, idealizar, inovar, utilizar a criatividade inerente a todos os seres humanos, que nem sempre é aproveitada. Aprendemos a aceitar críticas e criticar e, quando o fazemos, que seja da forma correta.

   Ao colocar os projetos em prática, os alunos aprendem a se responsabilizar, pois cada um tem uma função e esta é indispensável ao bom andamento do grupo. Os projetos de extensão, particularmente, acarretam um grande crescimento humanístico e profissional, porque levamos conhecimento e orientações a uma parte da população que, na maioria das vezes, é leiga no nosso assunto de interesse. Os projetos de ensino nos levam a analisar em quais aspectos ou assuntos a própria comunidade acadêmica padece e, de alguma forma, supri-los.

   Já de antemão, um alerta. Não pense que o PET é a única salvação para seu futuro profissional. Os aspectos que citei acima também podem ser desenvolvidos com a participação em outras entidades ou atividades existentes neste câmpus. Aliás, essas qualidades não se desenvolvem por si só. Em qualquer lugar que estejamos, é preciso esforço e entrega ao seu objetivo. É a famosa definição de “vestir a camisa”. Quem se prontifica a participar de programas deste tipo precisa estar ciente que deve trabalhar e se doar, não apenas ficar sentado esperando que a oportunidade bata à sua porta. O mercado de trabalho não quer um profissional apenas com um bom conhecimento técnico. Na verdade, isso é de praxe, uma obrigação. Mas, procuram aqueles que saibam trabalhar em grupo, lidar com pessoas, com espírito de liderança, dinamismo e criatividade.




Michelli Fenerich (Malisa - Vet09)
Programa de Educação Tutorial (PETVet)

sábado, 23 de fevereiro de 2013

O Trote: porque ele não é o vilão que todos dizem


  Como a maioria das pessoas sabe, o trote é um assunto recorrente nas grandes universidades do país. Ocorre de várias maneiras e, em Jaboticabal, ele não só está presente, como faz parte do processo de inserção social do calouro. O trote tem por finalidade mostrar ao jovem ingressante que ele agora faz parte de um sistema maior, no qual é apenas um novato, e onde tudo o que sabe e usou de conhecimento pra chegar ate ali já não serve mais como garantia de sucesso. Muitos outros além dele já chegaram lá, e conhecem melhor a faculdade, o curso, e a vida jaboticabalense.

     Por determinação da Universidade, o trote é proibido dentro do câmpus, em qualquer nível ou apresentação; entretanto, isso não impede que ele ocorra nas repúblicas, festas e outros eventos, sem que a faculdade tenha qualquer envolvimento ou responsabilidade com o mesmo. Por isso, vale a pena lembrar que a participação nesses trotes é uma escolha unicamente feita pelo bixo, que se não quiser se submeter ao mesmo, basta dizer não, não frequentar as festas no período de bixo, onde sabidamente ocorre o trote, e não morar em repúblicas que participam dos mesmos.

    Em Jaboticabal, os trotes ocorrem no primeiro semestre letivo do aluno, até o dia 13 de maio, data em que os bixos são “libertos”. Os principais trotes têm algumas finalidades de “cultura popular”, que ajudam a tornar mais fácil a entrada do calouro na faculdade, bem como sua adaptação à nova realidade.  Alguns exemplos desses trotes são a proibição de pronunciar a palavra “acho”, a apresentação para seus veteranos de joelhos e o uso da plaquinha.

    Enquanto bixo, o ingressante não pode achar nada! Não pode falar essa palavra de modo algum, nem mesmo cantando uma música! Essa imposição é feita pois, ao entrar na faculdade, o bixo “acha” que conquistou o mundo, e que dali pra frente terá tudo garantido; porém, apenas entrou em uma nova fase, na qual não existe mais espaço pra quem “acha” alguma coisa, só pra quem conhece e tem certeza do que fala e pensa. Como não conhece nada ainda, não acha nada, devendo apenas se preocupar em aprender e absorver tudo a sua volta, na companhia de seus veteranos e professores.

    A apresentação para seus veteranos é uma das maneiras mais divertidas de conhecer os alunos da faculdade, de fazer amizades e contatos, e de sociabilizar-se com essas novas pessoas que estarão presentes no seu cotidiano por, pelo menos, 5 anos. Nela, o bixo ajoelha para seu veterano e, com toda a humildade que se deve ter ao ingressar na faculdade, reconhece seus defeitos, ou seja, se “xinga” bastante e pergunta ao veterano, entre elogios, qual será a sua graça, seu exuberante nome, que na faculdade é o apelido que se recebe.

    O importante de toda essa fase é lembrar que o trote passa, ninguém se machuca, e o que fica é o aprendizado, as boas amizades, os bons momentos vividos com seus companheiros durante os trotes, para que se torne um futuro veterano mais consciente, mais humilde e mais sábio.
Por Maria Alice Fazzio (Pomba)

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Para os pais...

Muitas vezes, a saída de casa é mais difícil para os pais do que para os filhos. Então, pensando neles, nossos pais fizeram dois depoimentos contando um pouquinho dessa experiência.

Por Rosa e Cesar (Pais de Pigméia):

"Nascemos e residimos em São Paulo. Nossos filhos sempre foram super protegidos, em função de todas as adversidades que uma grande cidade tem, principalmente a violência. Nosso filho, oito anos mais velho que a filha, estudou e sempre morou conosco. A filha, que hoje cursa o quinto ano de medicina veterinária, nos surpreendeu, afinal não era o que tínhamos previsto. Ao recebermos a notícia de que havia passado no vestibular da UNESP, de Jaboticabal, uma cidade a quase 400 km de São Paulo, experimentamos um sentimento muito estranho , um misto de alegria e tristeza simultaneamente, mas em nenhum momento nos manifestamos no sentido de impedi-la e sim, apoiá-la e pensarmos no que poderíamos fazer para respaldá-la à distância.
O momento mais difícil, até doloroso, foi o dia da matrícula. Chegamos à noite, em uma cidade desconhecida por nós, e fomos direto conhecer o campus. Neste momento, a realidade: Ela vai mesmo estudar aqui!!! E aí, tivemos mais pensamentos negativos do que positivos: “Estamos perdendo nossa filhota. Serão 5 (CINCO) anos, não aguentaremos de saudades. E ela só tem 17 anos, como irá se virar?”. O campus a noite parecia assustador, os prédios distantes um dos outros, cercados de árvores e mais árvores, parecia um lugar ermo e cheio de mato. - “Meu Deus!!!!”
Vencido esse primeiro momento, que era de puro sentimento, juntos passamos a raciocinar sobre moradia, meios de locomoção, alimentação, hospitais, farmácias, mercados etc. Na cidade fomos muito bem recebidos em todos os locais que tivemos, ela dispõe de tudo um pouco em todos os segmentos e é bem tranquila. A questão da moradia era dúbia, morar sozinho ou com alguém? Para o pai era melhor morar com outras pessoas, a mãe não tinha dúvida que o melhor era morar sozinha. Experimentou as duas coisas, morou durante um tempo com outra estudante, o que foi uma experiência importantíssima no sentido de compartilhar, flexibilizar e respeitar. Após esse período, decidiu ter seu próprio espaço, e aí, a total independência, mas também a total responsabilidade por tudo: casa, faculdade, seus próprios atos, tomar inciativa, correr seus próprios riscos, mas a certeza de que em momentos mais difíceis, a nossa prontidão em ajudá-la ou apoiá-la. Hoje, por mais difícil que tenha sido cortar o cordão, foi importante para ela e para nós. Para ela, oportunidade de aprendizado, desenvolvimento, capacidade de assumir todas as responsabilidades. Para nós, a certeza de que nós pais não podemos traçar o destino dos nossos filhos e muito menos subestimá-los, eles nos surpreendem a cada dia e cada momento dessa trajetória, pois dentro de suas bagagens eles levam os exemplos que demos, o aprendizado e conhecimentos adquiridos e os valores herdados.
Os tais 5 anos passaram e nem percebemos. Nossa filha sempre esteve muito feliz e cercada de muitos amigos. Enfim, aprendemos também que o que podemos mesmo fazer é desejar e contribuir para a felicidade deles, mas não podemos ser felizes por eles."

Por Adalgisa (Mãe de Yes-Baby):

"Ver o nome do filho na lista dos aprovados da faculdade, uma mistura de sentimentos inexplicáveis. Surge então aquela ansiedade, seguida pela euforia de todas as novidades que estão por vir, e a insegurança de saber que em pouco tempo já não terá mais o controle total de seu filho.
Com todas essas situações ainda havia uma duvida maior na época: Qual faculdade escolher? Minha filha sempre almejou estudar na UNESP por ser mais próxima a nossa casa, em Ribeirão Preto, entretanto não foi aprovada na primeira lista, o que fez com que ela precisasse optar entre outras faculdades. No começo tudo foi muito desgastante. Ela não queria ir para as outras opções que existiam no momento, não gostou da cidade em que estava, mas acabou aceitando posteriormente. Em seguida, foi chamada pela UNESP, e mais do que prontamente fez todas as malas com presteza e veio embora.
No dia da matricula estávamos todos apreensivos, assustados com a distância da faculdade com os demais pontos principais da cidade, e sem saber onde procurar por informações, afinal o curso já estava em andamento. Diante desses fatos, resolvemos que no começo ela iria ir e voltar todos os dias para casa até que se habituasse ao lugar e pudesse então escolher onde moraria. Passado esse tempo, ela resolveu morar com uma colega de sala, que na época procurava uma menina para dividir o apartamento, e desde então elas moram juntas.
 Apesar de voltar quase todos os finais de semana para casa, há um sentimento de perda no começo, pois sabia que ela iria começar a trilhar seus próprios caminhos, e que eu já não estaria mais presente da mesma forma para apontar o norte de suas escolhas. Contudo o fato dela estar a apenas 60 quilômetros de casa me tranquilizava de alguma forma.
Hoje, ela cursa o terceiro ano de Medicina Veterinária, e está mais adaptada do que nunca, e vejo a cada dia que estudar em Jaboticabal era realmente o que ela queria e foi , de fato, a melhor escolha."


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Ano novo, vida nova: O clichezão agora virou realidade

    Ah, passar no vestibular... Que sensação de conquista, de esforço recompensado, de dever cumprido, né? É lindo, a família vibra, mãe chora, você é pintado, vai para o semáforo, pede um trocado... Depois que a ficha vai caindo, bate o medo. Depois o desespero vem vindo, logo atrás. A insegurança. As batedeiras. Pera aí, EU VOU TER QUE SAIR DE CASA? Vai, a esmagadora maioria vai. Não vai mais ter mãe, pai, irmão pentelho todo dia. Cheirinho de casa de mãe, de família. Sim, quando eu saí de casa percebi que casa de mãe tem um cheiro diferente, um clima, um calorzinho. É meio bizarro, mas juro que tem. Não vai mais ter comidinha quentinha e gostosa quando chegar da aula. Roupa limpa que parece brotar sozinha no armário. E você vai sentir falta. Muita falta.

    Mas calma, você sobrevive, prometo! Aliás, você vai perceber que essa foi a melhor coisa que poderia ter te acontecido na vida! Você vai amadurecer em 1 ano, coisa que seus amigos que não saíram de casa vão demorar 5! Vai ter outra cabeça, vai fazer amigos, ter responsabilidades, não vai só aprender  uma profissão, vai aprender a VIVER!

    Claro que antes de você se dar conta disso, já vai ter pensado em desistir, voltar pra casa, pra mãe, muitas vezes. Isso é normal! Mas fica firme, meu bem. Firma, que vale a pena. As histórias que você vai ter pra contar depois serão incríveis! Eu estou no 4º ano agora e já aconteceu de tudo comigo, acredite. Já morei em República, tomei trote, fui processada por empregada, cheguei a dividir quarto com mais 4 pessoas, mudei para predinho, fui parar lá no Maranhão para representar nossa instituição e o PET... E isso é um pouco da minha história, cada um vai ter a sua, uma mais louca e bizarra que a outra. Fazer faculdade fora é tipo um intensivão de “Como Aprender a Lidar Com os Mais Variados Perrengues Que Podem Acontecer Com Uma Pessoa”. E você vai aprender sorrindo.

    O primeiro passo é escolher um lugar para morar e ele deve ir de acordo com o jeito de cada um. Se você gosta de ter seu espaço mais definido, se é mais quietinho e sossegado, talvez um apartamento seja a melhor opção. Tem quem prefira gente ao redor, almoçar em mesa grande e estar em uma casa mais movimentada, aí uma República seria perfeito! Tente abstrair essa história de trote, chegar com a cabeça mais aberta, vai ser divertido! E também não é porque você escolheu morar em predinho que tem que ficar de fora de tudo! Saia na rua, conheça as Repúblicas perto da sua casa, socialize-se, este é o lugar onde você passará os melhores anos da sua vida, e passar por tudo sozinho não deve ser nada legal.

    Claro que também tem gente que vai preferir morar sozinho(a). Falando por mim, acho que não conseguiria. E para vocês que estão chegando agora, não aconselharia. Tentem dividir com mais algum colega, mesmo que seja só por um tempo, até se adaptarem. Depois vá morar sozinho, se quiser, beleza! A solidão bate forte quando nos vemos num lugar completamente diferente da nossa casa, mesmo estando acompanhado de um colega em casa, imagine não tendo ninguém?! Bom, esta é minha opinião. Tem gente que sempre morou sozinho e está feliz da vida!

    Outra coisa legal é procurar conversar com algum veterano. Tem muita gente disposta a ajudar e com certeza você se sentirá muito mais seguro batendo um papo com alguém que já passou por tudo isso! Facebook está aí pra isso, minha gente!

    Agora é vida nova, lindezas. Vida de universitário, de futuro Médico Veterinário, Agrônomo, Zootecnista, Biólogo ou Administrador. Vida de gente grande, de sofredor. E, cá entre nós, o que mais poderíamos querer?


Seu novo quarto em Jabuka



Paola Buzollo (Jay-Jay)
4º ano da Medicina Veterinária - PETVet

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Guia de serviços em Jaboticabal


Início do período letivo na melhor faculdade do Brasil. Muita gente nova chegando, vindo de longe, outros nem tão longe assim. Mas nós sabemos o quanto pode ser difícil se adaptar e conhecer tudo que uma nova cidade tem a oferecer. Por isso, nós do PetVet, fizemos uma lista com os principais pontos de interesse para os estudantes de Jaboticabal e seus respectivos endereços e telefones.

Onde matar a fome?
Para almoçar:
Mamma Mia (Somente almoço) – R. Rui Barboza, 181
Churrascaria Ponteio - Rua Antônio Grecco, 307
Cantinho SaborosoAv. José da Costa, 1150
Buffet Ize – R.  Rua Ordilon Ortiz, 70 (Ao lado da rodoviária)
Jaboticabal ShoppingPça. José Marcondes Homem de Melo, 146
Tudo em Família - R. Floriano Peixoto, 998
Delicia Mania Refeições - Rua. Castro Alves, 1815
Tempero Manero - Av. Pintos, 745

Lanchinho esperto da tarde:
Bar das Vitaminas - R. Rui Barbosa, 520
Paraíso dos Salgados - Avenida Duque Caxias, 789
Pastel do Facco - R. Floriano Peixoto, 912. Tel: 3203-5567 / 9708-4389

Para jantar:
Tropical Lanches: Av. Carlos Berchieri (Marginal), 340. Tel:3203-1234
Pizzaria A+: R. 24 de Maio, 1252 ou Rua Rui Barbosa, 1281.
Oficina da Pizza: Av. Carlos Berchieri, 1850. Tel: 3203-2339
Hiperpizza Vitória: R. Dr. Antônio Ferreira, 564. Tels: 3203-8412 
Cascata Pizzas: Av. Carlos Berchieri, 999. Tels: 3203-9949
Querência da Picanha: Av. Carlos Berchieri, 749
Riomar Oriental: Av. Hermínia Casteleti Bellodi, 185

Sayuri (Comida Japonesa):  R. Prof. Antônio Ruete, 412
Pankeka's Panquecaria & Pastelaria:  R. Oswaldo Martins Cruz, 139
Cachaçaria Água Doce: R. Santo André, 555
Pé de Batata: Av. 7 de setembro, 215. Tel: 3202-7409
Frutos da Terra: Av. Mal. Deodoro, 554. Tel: 3203-8285
Dommus Esfihas: R. Floriano Peixoto, 593. Tel: 3204-8008
Abel Lanches: Av. Carlos Berchieri, 320. Tel: 3203-6555

Onde perder o que comeu:
Academia Cardiofísico: R. Castro Alves, 1079. Tel: 3202-3439
Academia Saúde Total: R. Lions Internacional, 71. Tel: 3202-4015

Onde tirar sua carta de motorista:
Auto escola Angélica: R. Barão do Rio Branco, 634. Tel: 3202-1441
Auto escola Fórmula 1:  Rua São Sebastião, 327. Tels: 3203-7458
Auto escola Aline: R. Floriano Peixoto, 552. Tel: 3202-4604
Auto escola Codeco: R. Floriano Peixoto, 370. Tel: 3204-3556
Auto escola São Luíz - Av. General Osório, 139. Tels: 3202-9411

Onde pedir gás e água:
Disk Ultragás Pedrão: R. Guido Penariol, 80. Tels: 3202-0470
Pontual Água e Gás: Av. João Pinto Ferreira, 181. Tels: 3203-4181 
Athenas Gás: R. Atílio Morelli, 210. Tel: 3203-3550
Cowboy Gás: R. Castro Alves, 1839. Tels: 3202-7458 / 9725-6844

Onde conseguir um chaveiro:
Chaveiro Carlão: Av. Pintos, 1649. Tel: 3202-3993

Hospitais e postos de saúde:
Centro de Saúde Albertino Afonso: Av. Gen. Glicério, 823 (Centro). Tel: 3203-2800
Ciaf - I – Luiz Antônio Bernal: Praça Saul Borsari, 23 (Santa Luzia – O mais próximo à UNESP). Tel: 3202-8300
Hospital e Maternidade Santa Isabel: Rua Floriano Peixoto, 1387 (Centro).Tel:  3203-1333
Hospital São Marcos: Avenida Aristides Bellodi, 100 (Jardim São Marcos). Tel: 3209-1666
Posto de Saúde: Avenida General Glicério, 823 (Centro). Tel: 3203-2800
UNAMUS: Posto dentro da própria UNESP (em frente ao Restaurante Universitário)

Onde comprar remédios:
Droga Exxa: R. Barão do Rio Branco, 615. Tel: 2102-4612
Drogaria da Saudade: Av. Saudade, 370. Tel: 3202-4014
Farmácia Santa Luzia: R. Prof. Valdir Pedro Morano, 210. Tel: 3203-3878
Droga Raia: Pça Nove de Julho, 26. Tel: 3204-8318
Drogaria Athenas: R. Rui Barbosa, 653 / R. Castro Alves, 1415 / Av: Carlos Berchieri, 441. Tels: 3204-2034 / 3203-7424 / 3202-7166 
Rede Bonavida - R. Rui Barbosa, 1472 / Pça. Dom Assis, 172. Tels: 3202-0970 / 3203-6262


Onde fazer compras:
Supermercado Savegnago: R. Floriano Peixoto, 55 / R 24 de Maio, 1111
Supermercado Élzio: Av. João Pinto Ferreira, 555
Supermercado Santa Luzia: R. Prof Valdir Pedro Morano, 593
Supermercado Cojiba: Av. Saudade, 336
Supermercado Dia: R. Monteiro Lobato, 731 / Av. João Trevizoli, 233
Supermercado Deberaldini – Av. Tiradentes, 1474

Onde consertar sua bike:
Mataqueiro bikes: R. São Sebastião, 385, Tel: 3202-4622 
Beira Rio Bikes: R. Juca Quito, 32. Tel: 3203-9686

Onde tomar um sorvetinho:
Cuca Fresca: Rua Rui Barbosa, 1471. Tel: 3202-6022
Ice By Nice: Jaboticabal Shopping
Super Moni: Av. Pintos, 788. Tel: 3203-6405
Sorveteria Bom Gosto: R. Castro Alves, 1825. Tel: 3204-1328
Milk Shake do Bebê: R. Barão do Rio Branco, 813. Tel: 3203-9646

Onde beber com a galera:
Bar do Sapão: Em frente à guarita II da UNESP
Baribar: Av. Eduardo Zambiachi, 153
Bar da Léo: R. Severino Fraguas, 160. Tel: 3203-9979
Bar da Loira: Av. José das Costas, 105
Bar do Rubinho: R. Miguel Martini, 161

Outros telefones que podem ser úteis:
Eletricista Elso Capelli. Tel: 9747-9314
Encanador Sérgio. Tel: 3202-5497
Doutor Resolve (Reparos e reformas): Alvenaria, pintura, elétrica, jardinagem e hidráulica. Rua Maestro Grossi, 411. Tel: 3203-7902

Imobiliárias:
San Marino: Praça Dom Jose Homem de Mello, 155. Tel: 3202-3292
Morada: R. Mimi Alemagna, 236. Tel: 3203-2100
Realiza: R. Juca Quito, 778. Tel: 3202-0988

Ponto de taxi na rodoviária: (16) 3202-0370
Taxis:
Arnaldo: 9786-0622
Danilo: 9112-1210
Dimas: 9607-9590
João Batista: 9785-2106
Wanderson: 9975-6966

Como ir para casa
Rodoviaria
Av. Carlos berchieri (Marginal): (16) 3202-0072
Guichê Danubio Azul: (16) 3202-0646
Guichê Itamaraty: (16) 3202-0877
Guichê Rapido d’oeste: (16) 3202-1025
*Dica: Procure veteranos e companheiros da sua cidade! Quase sempre é possível arrumar carona para voltar para sua casa. Também adicione o grupo “Caronas Jabuka” no Facebook.

Por Renata Tolezano (Pigméia) e Maria Alice Fazzio (Pomba)

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

E agora, onde vou morar?


Já sabe onde morar?

Agora que você já tomou a decisão de estudar em uma das maiores universidades do país, e no campus mais bonito das Unesp, surgem muitas duvidas e outras decisões a serem tomadas, a maior delas é: Onde vou morar?

A primeira coisa a entender é que agora, você é um bixo ou bixete, e que você não está sozinho! A vida quando se sai de casa, dos cuidados da mamãe e do papai, pode ficar mais complicada e bem imprevisível, e ir morar com alguém que já esta na faculdade deve ser considerado importante, pois essas pessoas poderão te ajudar e guiar pela faculdade.

Já que Jabuka é uma cidade pequena, a maior parte das moradias é de Repúblicas e apartamentos em predinhos, próximos à faculdade. As repúblicas dividem as responsabilidades em mais pessoas e, claro, bixo de república sempre sofre um pouquinho mais de trote, mas também acaba conhecendo mais gente nos primeiros meses. Tente conhecer e visitar repúblicas e apartamentos para fazer sua escolha.

Aqui vão algumas repúblicas e apartamentos que tem veteranos da veterinária:

Femininas

República Santa Casa
End: Al. Celino Pimentel, 81
Tel: (16)3203-9742
Contatos: Pomba (16)8159-0471, Contcha (16)9221-3272

República ourOFino
End: Al. Maria Fonseca Marino
Tel: (16)3204-1340
Contatos: Leitera (19) 9779-0070, Cabrita (19) 9234-6701

República As coyotes
End: Al. Zenon Vargas da Silva,150.
Tel: (16)3202-2653
Contatos: Matuta (16)

República Xêga u Reio
End: : Av. Capitão Fracisco Borges de Goddoy Macota, 71
Tel: (16)3203-7685
Contatos: Xavasca (16)8146 8428, Etelvina (16)8159-1810

República Choppana
End: Al. Maria Fonseca Marino, 61
Tel: (16)3204-1914

República As Bardosa
End: Al. Celino Pimentel, 71
Tel: (16)3203-9534

República Kabaré
End: R. Campos Bicudo , 210
Tel: (16)3203-5505

Republica Essakana
End: Al. Maria Fonseca Marino, 140
Tel: (16)3204-3948
Contatos: Pampers: (11)95782-2982

Republica Toca da onça
End: R. Fernão Dias 711
Tel: (16) 3202-6813

Republica Chá na Brasa
End: Al. Maria Fonseca Marino, 160
Tel: (16)3203-8970

Apartamento
Bilú (16)8200-6901

Masculinas

República Boate Azul
End: Al. André Ijanc, 90
Tel: (16)3203-5775
Contatos: Mordelão (16)8123-3490, Q-xada (16)8219-0089

República K-Zona Rural
End: Al. Aníbal Galvani, 70
Tel: (16) 3203-9799
Contatos: Suéco (16)8243-8698, Bugrão (16)8132-5223

República Karcoarco
End: Al. Anibal Galvani, 20
Tel: (16)3203-6953
Contatos: Vigario (16)8102-0582

República Power Guido
End: R Teresa Cristina de Jesus Julião, 615
Tel: (16)3203-2451
Contatos: Tô-Puto (16)8179-0984

República Ranchão
End: Av. Antonio Barbieri, 362. 
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Apartamento
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Por Maria Alice Fazzio (Pomba)

Parabéns bixarada!

Hoje, saiu a lista oficial dos interessados em fazer parte da melhor universidade do Brasil (e me atreveria a dizer do mundo).
Parabéns galera! Vocês batalharam por isso e essa conquista é mérito de vocês.
Nós sabemos que não é nada fácil ser bixo/bixete, por isso ao longo desses dias, faremos posts especiais a vocês, contando um pouquinho sobre Jaboticabal, a UNESP, o trote, onde morar, o que fazer, o que a faculdade oferece etc.
Espero que aproveitem!

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Por Renata Tolezano (Pigméia)

Entrevista com Prof. Dr. José Luiz Riani Costa - (SUS) - Parte 7


06 – Discorra sobre a evolução do SUS ao longo dos anos e o que se espera de avanços para esse sistema no futuro.

Resposta: O Pacto pela Saúde, firmado em 2006 entre gestores das três esferas de governo, foi um passo importante na efetivação do SUS. Entre as prioridades pactuadas estão: Fortalecimento da Atenção Básica (com ênfase na Estratégia Saúde da Família); Promoção da Saúde (com ênfase na prática de atividades físicas e a alimentação saudável); Saúde do Idoso; Controle de doenças emergentes e re-emergentes e Redução da Mortalidade Materna e Infantil. No campo das urgências e emergências, aconteceu a implantação da rede de atendimento móvel (SAMU) e de pronto atendimento (UPA). Também aconteceu, depois de muitos anos de tramitação, a regulamentação do financiamento das ações de saúde e, mais recentemente, a regulamentação da Lei Orgânica do SUS. Estas medidas, entre outras, e algumas iniciativas na qualificação da gestão, na humanização do atendimento e na educação permanente dos trabalhadores da saúde, vêm melhorando o desempenho do sistema, mas ainda há muita coisa a fazer.

07 – Diante da grande importância da atuação dos profissionais de saúde no SUS, como esse tema deveria ser abordado e relacionado com os cursos de graduação da área da saúde?

Resposta: A política de saúde é umas das que mais dependem dos trabalhadores, os quais precisam ter remuneração digna, adequadas condições de trabalho e qualificação profissional. Para aqueles que já estão inseridos nos serviços, há necessidade de ampliar as ações de educação permanente, tanto em termos técnicos, quanto na humanização do atendimento. Em relação aos futuros profissionais, o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação vêm se articulando para garantir a qualidade dos cursos de graduação da área da saúde, incluindo a produção de material bibliográfico, parcerias com serviços da rede de saúde para atividades práticas e modalidades diferenciadas de bolsas, como o PET-Saúde. Infelizmente, em alguns cursos da área da saúde, o profissional forma-se sem ter acesso aos conhecimentos sobre saúde pública ou coletiva e menos ainda sobre o SUS, evidenciando uma lacuna que precisa ser urgentemente sanada. Além do apoio ao curso de graduação, há necessidade de incentivar Especializações, Residências Multiprofissionais e Mestrados Profissionais, para minorar os vazios assistenciais.

08 – Elabore suas considerações finais.

Em minhas aulas sobre políticas de saúde, costumo fazer um exercício com os alunos, pedindo que cada um escreva uma palavra sobre “O SUS que temos”, e outra sobre “O SUS que queremos”. Geralmente, a primeira resposta é negativa, muitas vezes reproduzindo a imagem veiculada pelos órgãos de comunicação, embora sempre exista alguém que, por ser usuário do SUS integralmente, ou por ter parentes ou amigos que trabalham no SUS, dando o máximo de si para que o sistema dê certo, reconhecem seus méritos. A imagem que todos querem é muito parecida com os melhores sistemas de saúde do mundo. Então eu faço mais uma pergunta: “O que você se compromete a fazer para transformar o SUS que temos no SUS que queremos?”. Depois de um tempo de reflexão, todos percebem que têm um papel a cumprir nesta missão, seja como trabalhador da saúde, como usuário ou como cidadão, consciente de seus direitos e com energia para lutar por eles, como conselheiro ou eleitor, escolhendo bem seus representantes e cobrando deles as medidas necessárias para que, de fato, a saúde seja direito de todos e dever do Estado.

Matéria cedida pelo PET Farmácia, UNESP de Araraquara, escrita pelos acadêmicos Flávia Benini da Rocha Silva, Marina Soares Straci e Renan Willian Alves

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Entrevista com Prof. Dr. José Luiz Riani Costa - (SUS) - Parte 6


03– A Lei Orgânica da Saúde, criada em 1990, com base no artigo 196 da Constituição Federal de 1988, estabelece que a saúde é um direito para todos, cabendo ao Sistema Único de Saúde (SUS) executá-la de forma igualitária, universal e integral. Entretanto, esses princípios não são realizados plenamente na prática. Discuta as principais diferenças entre os direitos garantidos e os cumpridos pelo SUS.

Resposta: Se fizermos uma analogia entre o SUS e a vida de uma pessoa, poderíamos dizer que o SUS tem uma boa carga genética, mas a inanição na primeira infância (representada pelo subfinanciamento crônico), as doenças do crescimento (em que a expansão de algumas estruturas não é acompanhada pelas demais) e os efeitos adversos de alguns tratamentos prescritos (como terceirização, privatização e precarização do trabalho), ele ainda não desenvolveu toda sua potencialidade. Mas ainda há remédio! Assim, infelizmente, alguns dos direitos não são realizados plenamente na prática. Em relação à universalidade, pode-se dizer que nas ações de proteção à saúde, como na vigilância sanitária, na vigilância epidemiológica e nas campanhas de vacinação, ela acontece. Mesmo em algumas áreas da assistência médica, como na Aids, nos transplantes, no tratamento do câncer e na hemodiálise, a cobertura é praticamente universal. Também é verdade que há uma parcela da população que não se utiliza regularmente da assistência ambulatorial, laboratorial e hospitalar do SUS, por ter plano de saúde. Mas muitos acabam recorrendo ao SUS quando as carências ou limitações dos planos excluem o acesso a diversos procedimentos. Mesmo nestes casos, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), ligada ao Ministério da Saúde, tem um papel importante na defesa dos direitos dos segurados. Com relação ao acesso igualitário, como vivemos em uma sociedade profundamente desigual, deve prevalecer o princípio da equidade, que consiste em tratar diferentemente os desiguais, para que tenham acesso igual ao direito. Dito de outra forma: dar mais aos que mais precisam.


04–Por ser um sistema novo e levando em consideração a dificuldade de gestão, o SUS tem encontrado muitos empecilhos para atingir seus objetivos.       Partindo dessa afirmação, cite algumas das falhas na gestão do SUS e apresente possíveis soluções.

Resposta: Com a ampliação da cobertura, alguns gargalos ficaram evidentes, como os exames de maior complexidade, o atendimento especializado e a atenção hospitalar. Um dos desafios que precisa ser enfrentado é a organização da atenção à saúde, que precisa superar o modelo curativo, individual e centrado na figura do médico. O sistema foi historicamente subfinanciado, mas além dos recursos serem insuficientes, existem problemas na eficiência da gestão. Modestamente, pude contribuir neste esforço de qualificação da gestão do SUS, ao participar, entre 2005 e 2008, da implantação do Departamento de Monitoramento e Avaliação da Gestão do SUS e da direção do Departamento Nacional de Auditoria do SUS, junto à Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, no Ministério da Saúde.


05 – Segundo o Censo 2010, realizado pelo IBGE, a população idosa (acima de 60 anos) representa cerca de 12% de toda população brasileira. Dado que esse percentual tende a crescer alterando o perfil demográfico, quais são os atuais desafios do SUS para garantir os recursos necessários às ações de saúde?

Resposta: O rápido processo de envelhecimento da população representa um grande desafio, tanto para o Estado como para a sociedade, exigindo a formulação de políticas públicas que atendam suas necessidades, nas três esferas de governo, devendo contar com a participação da própria população idosa. Para o SUS, o desafio é ainda maior, pois, paralelamente à transição demográfica, vem ocorrendo a transição epidemiológica, com predomínio de doenças crônico-degenerativas e de incapacidades funcionais, resultando em maior e mais prolongado uso de serviços de saúde. Neste cenário, devem ganhar destaque as ações de promoção da saúde e de prevenção de doenças e de outros agravos, realizadas por equipes multiprofissionais, que incluam pessoas com formação das áreas de geriatria e gerontologia. As equipes de saúde da família têm um papel muito importante a desempenhar, inclusive descobrindo e trazendo para a cena os idosos “invisíveis”, que existem em diversos lugares. Para isso, foi revisada a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, com posterior elaboração do Caderno de Atenção Básica sobre “Saúde da Pessoa Idosa e Envelhecimento” e o volume 12 da Série Pactos pela Saúde sobre “Atenção à Saúde da Pessoa Idosa e Envelhecimento”, implantada a “Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa” e implementado um programa de capacitação dos profissionais da atenção básica, especialmente para as áreas mais críticas. Mas esta ampliação do acesso precisa contar com Centros de Referência em Saúde do Idoso, que ainda são insuficientes.
Matéria cedida pelo PET Farmácia, UNESP de Araraquara, escrita pelos acadêmicos Flávia Benini da Rocha Silva, Marina Soares Straci e Renan Willian Alves

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