terça-feira, 19 de março de 2013

Genes da inovação

Docente da FCAV é protagonista de um dos casos mais exemplares de pesquisa científica

   Quando criança, ele queria ser padre, mas largou o seminário para estudar biologia e acabou trilhando os rumos da vida acadêmica. O espírito empreendedor, entretanto, o levou a ser um dos protagonistas de uma história de sucesso que, para a realidade brasileira, mais parece um conto de fadas. Primeiro, participou de um estudo pioneiro de repercussão internacional, que em seguida o levou a fundar uma empresa de inovação tecnológica, financiada com capital de risco da iniciativa privada. Anos depois, a empresa foi vendida a uma multinacional por US$ 290 milhões.
   O biólogo Jesus Aparecido Ferro, 61 anos, atual chefe do Departamento de Tecnologia da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV) da Unesp em Jaboticabal, acumulou nos últimos 13 anos uma bagagem rara no campo da inovação tecnológica no Brasil. Tudo começou em 1999, quando ele coordenou o grupo de pesquisadores que, com apoio da Fapesp, sequenciou o genoma da bactéria causadora de uma doença que ataca os laranjais, o “amarelinho”.
   Além de valer uma capa da revista Nature em 2000, o feito conferiu credibilidade para que, dois anos depois, Ferro conseguisse um financiamento de US$ 30 milhões da Votorantim Novos Negócios para a criação da Allelyx (Xylella, ao contrário), empresa de pesquisa genômica aplicada ao agronegócio.
  Fundada por Ferro e biólogos e bioinformatas da Unicamp e da USP para pesquisar transgênicos e melhoramento no cultivo da laranja, da cana-de-açúcar e do eucalipto, em 2003 a Allelyx ganhou uma irmã, a CanaVialis, empresa focada na criação de variedades de cana resistentes a doenças e à seca, com maior teor de sacarose e produtividade. Cinco anos depois, ambas as empresas foram compradas pela Monsanto, dando origem aos laboratórios de pesquisa em biocombustível da multinacional no Brasil. 
   "Fomos a primeira iniciativa privada no Brasil a trabalhar com tecnologia agrícola e com o desenvolvimento de organismos geneticamente modificados para o mercado brasileiro", afirma a bióloga Adriana Capela, que trabalhou ao lado de Ferro e hoje é líder de operações em biotecnologia da Monsanto em Campinas.

Por Mariana Trevisoli - Assessoria de Imprensa da Unesp/FCAV

Retirado de: http://www.fcav.unesp.br/?_escaped_fragment_=%2Fnoticia%2F65%2Fgenes-da-inovacao%2F

Acesse aqui a Matéria na íntegra

quinta-feira, 14 de março de 2013

MAPA alerta para os perigos do consumo de carne sem fiscalização


   Coibir o abate de animais em lugares sem higiene e expostos a sujeira é uma preocupação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por isso a importância de saber a procedência dos produtos no momento de adquiri-los. O Mapa alerta para os riscos de se consumir esse tipo de produto, especialmente na rua ou em estabelecimentos duvidosos. Além dos riscos de contaminação durante o processo de abate e transporte, o armazenamento e o preparo deste alimento podem fazer a diferença para a saúde do consumidor.
   O risco maior é a toxinfecção alimentar, que pode levar à morte. Mas existem outras doenças que são transmitidas dos animais aos seres humanos, causando uma série de problemas. Por isso, o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Ênio Marques, chama atenção para a importância de o consumidor comprar produto bem embalado, refrigerado e, principalmente, com o selo Serviço de Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura, que atesta a qualidade, bem como do Organismo Estadual (SIE) ou Municipal (SIM) correspondente. “Procurar sempre um produto que seja ‘sifado’ e que tenha procedência de um local que você conheça é a melhor coisa a se fazer. Risco é uma questão de comportamento”, afirma Marques, numa referência sobre a responsabilidade do consumidor ao comprar produtos baratos e sem a certificação.
   O SIF tem o controle da origem dos produtos. Cada animal abatido é fiscalizado por uma equipe do Mapa, composta por veterinários e auxiliares, além de profissionais contratados pela própria empresa. Em caso de detecção de irregularidades no procedimento de colocação do SIF, o processo de produção é interrompido, há a autuação do estabelecimento e a avaliação do risco para a produção. O processo só é retomado quando a empresa apresentar um plano de prevenção. As vistorias nesses estabelecimentos são diárias e já começam antes do início da produção. Dados do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) apontam para 278 os abatedouros sifados no País. No ano passado, os processos produtivos de produtos de origem animal apresentaram elevados índices de conformidade (90,51%). No período, foram analisadas 75.020 amostras de produtos de origem animal, sendo que 94% apresentaram conformidade com os padrões legais vigentes.
   O Serviço de Inspeção Federal atua junto a cada estabelecimento, exigindo as boas práticas de fabricação e examinando os animais, antes e após a sua morte, descartando quaisquer produtos que sejam considerados impróprios para consumo.



Como evitar produtos irregulares
A principal dica é prestar atenção na procedência do alimento. O consumidor “nunca deve adquirir um produto de origem duvidosa, no caso, clandestino”, sob pena de ter graves problemas de saúde.
   Os produtos obtidos a partir do abate clandestino, por exemplo, sem a devida inspeção veterinária oficial, podem ser vetores de doenças e infecções alimentares. As chamadas zoonoses (doenças de homens e animais) e a contaminação das carnes somente poderão ser identificadas e descartadas mediante a inspeção de médico veterinário capacitado.
   Ambas podem provocar uma série de prejuízos à saúde dos consumidores, entre estes estão: tuberculose, brucelose e cisticercose, além das infecções e intoxicações alimentares, causadas por microorganismos que contaminam os produtos de origem animal, cujos sinais variam de diarreias, dores abdominais, febre, abortos e até mesmo demência, confusão mental e óbito.
   Se identificado o produto no comércio, sem inspeção, a denúncia deve ser feita na Vigilância Sanitária do município. No procedimento de investigação pelos órgãos de controle sanitários, o assunto poderá ser remetido à Polícia, tendo em vista que muita carne clandestina é proveniente do ro ubo de cargas no País.
   Passo a passo da fiscalização:
- A ação de fiscalização já começa no transporte, onde o animal sofre forte stress e seu descanso, durante o período de repouso no estabelecimento de abate (durante 6 a 24 horas), serve para repor suas energias, se adaptar ao novo local e para a observação de seu comportamento, por médico veterinário especializado, que tomará as medidas cabíveis, caso haja alguma alteração.
- Em um estabelecimento de abate de bovinos, o animal é submetido a uma série de análises e exames, antes e após o abate, para garantir ao consumidor final um produto de qualidade. São as denominadas inspeções “ante mortem” e “post mortem”.
- A importância da inspeção “ante mortem” é imprescindível em um estabelecimento de abate, visto que algumas enfermidades têm sintomatologia clara nos animais vivos, enquanto que no exame “post mortem”, pouca ou nenhuma alteração é detectada.
- A constatação de alterações nos animais antes do abate determina sua separação do lote e evita a entrada de animais portadores de doenças infecto-contagiosas na sala de abate, que além de atentar contra a saúde pública, contaminam as instalações e equipamentos. Enquadram-se neste tipo de doenças, a raiva, o tétano, o carbúnculo etc.
- Durante a manipulação do animal, após o abate, várias análises e exames são realizados em suas vísceras e gânglios, no sentido de garantir o produto antes de ser colocado à disposição do consumidor. Os locais ou pontos da sala de matança onde são realizados estes exames são chamados “linhas de inspeção” e estão assim padronizados: Exames dos pés – em estabelecimentos exportadores; Exame do conjunto cabeça-língua; Cronologia dentária – facultativa; Exames do trato gastrointestinal e do baço, pâncreas, vesícula urinária e útero; Exame do fígado; Exame do coração e dos pulmões; Exame dos rins; Exame dos lados interno e externo da parte caudal (traseira) da carcaça e dos nódulos linfáticos correspondentes; Exame dos lados interno e externo da parte cranial (dianteira) da carcaça e dos nódulos pré escapulares.
- Após todos os exames, estando a carcaça apta ao consumo, recebe o carimbo de inspeção em partes pré-determinadas, sofre uma toilete final e vai para a refrigeração, aguardando expedição para o consumo. Caso seja detectado algum problema, a carcaça é descartada e o médico veterinário toma as providências cabíveis.
   O que diz a lei sobre a fiscalização de produtos de origem animal
   As fiscalizações do Mapa referem-se apenas às produções que circulam entre estados e para exportação, cabendo por Lei aos estados (fiscalização de circulação intermunicipal) e municípios (apenas no município).
   Importante ressaltar que é obrigatória a prévia fiscalização, sob o ponto de vista industrial e sanitário, de todos os produtos de origem animal, e conforme estabelecido pela Lei nº 7.889 de 23/11/1989. A referida fiscalização de estabelecimentos devidamente registrados em órgão município/estado que aderiram ao SISBI/POA de forma voluntária, prioritariamente promovem a proteção à saúde da população, pois existe a necessidade de promoção de atividades que objetivem a redução da produção e comercialização de produtos de origem animal sem inspeção oficial.
   Tal fato agrega valor aos produtos elaborados no município em decorrência da garantia da qualidade regulamentar e, por conseguinte, a inocuidade daqueles que são entregues ao consumo, além de promover o recolhimento de impostos e incentivo ao emprego formal com qualificação de mão de obra.

Matéria retirada de: http://www.agricultura.gov.br/comunicacao/noticias/2013/02/mapa-alerta-para-os-perigos-do-consumo-de-carne-sem-fiscalizacao

Por Renata Tolezano (Pigméia)


domingo, 3 de março de 2013

Cursos online gratuitos

Na internet é possível achar de tudo, vídeos fofinhos de gatos, teses completas e os mais diversos cursos para realizar. E o melhor, muitos gratuitos!

Listamos diversos sites onde é possível realizar cursos sobre as mais diversas áreas do conhecimento.

Univesp TV - televisão online da TV Cultura. Possui diversos cursos de graduação e pós-graduação ministrados na USP, na Unesp e na Unicamp. Há também cursos de extensão, mesas redondas sobre atualidades e conteúdos ligados a universidades estrangeiras.

FGV - Primeira instituição brasileira a ser membro do OpenCourseWare Consortium – OCWC –, consórcio de instituições de ensino de diversos países que oferecem conteúdos e materiais didáticos sem custo, pela internet.

Iped -Instituto Politécnico de Ensino a Distância possui mais de 500 gratuitos com certificado Há Cursos Profissionalizantes, Cursos para Crianças, Cursinho Preparatório para Vestibular, Cursos Preparatórios para Concursos Públicos e planos Corporativos.

Learncafe - mais de 782 cursos gratuitos online.

Bradesco - Cursos de comunicação escrita, finanças pessoais, matemática financeira, Word 2010, Office 2007 entre outros

Prime cursos - Fundada em 2003, empresa especializada em ensino à distência.

Por Renata Tolezano (Pigméia)
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