O
Programa de Educação Tutorial - PET - é um programa educacional, criado pelo
MEC, que estimula alunos dos mais diversos cursos de graduação a realizarem
projetos que unam a pesquisa, o ensino e a extensão. Este é um programa que
abrange todas as regiões do Brasil e é bem difundido entre as universidades
públicas e algumas privadas.
Dentre os PET’s da Medicina Veterinária espalhados
pelo país, o PET Vet da FCAV foi o primeiro a ser implantado. Graças à sua
pretensão de unir os três pilares da formação acadêmica, os alunos “petianos”
formam-se, inquestionavelmente, diferenciados. Quando digo isto, não estou me
referindo apenas ao conhecimento técnico mas, especialmente, aos aspectos
pessoais e profissionais que, conjuntamente, formam um profissional completo.
“Educação
Tutorial” trata-se de um modelo de aprendizagem em que os mais “velhos” passam
seus conhecimentos aos mais “novos”. Analisando somente por este aspecto vemos
que, tão logo entramos no programa, estamos nos submetendo a aprender com os
alunos que já têm certo tempo de experiência. Após um ano, novos alunos entrarão
e, então, temos por missão passar tudo aquilo que aprendemos. Ademais, o
professor tutor é a figura presente e indispensável em todas as discussões e
decisões, nos orientando em todos os aspectos. Também é destacável o vínculo
que criamos entre nós, tutor e alunos, pois nos tornamos uma grande equipe,
formada de amigos e companheiros de trabalho.
Nas
reuniões semanais somos postos à prova de trabalhar em grupo. São feitas
discussões a respeito dos projetos a serem desenvolvidos, onde todos têm a
oportunidade de expressar suas ideias e opiniões, de ouvir e serem ouvidos.
Participar deste tipo de discussão traz grandes benefícios. Adquirimos o
espírito da organização e planejamento, a melhor forma de se trabalhar, de nos
dividir e otimizar nosso tempo. Somos constantemente desafiados a improvisar em
meio ao imprevisível. Além disso, desenvolvemos a capacidade de pensar. Não
apenas aquele ato trivial com o qual estamos habituados, mas sim, idealizar,
inovar, utilizar a criatividade inerente a todos os seres humanos, que nem
sempre é aproveitada. Aprendemos a aceitar críticas e criticar e, quando o
fazemos, que seja da forma correta.
Ao colocar
os projetos em prática, os alunos aprendem a se responsabilizar, pois cada um
tem uma função e esta é indispensável ao bom andamento do grupo. Os projetos de
extensão, particularmente, acarretam um grande crescimento humanístico e
profissional, porque levamos conhecimento e orientações a uma parte da
população que, na maioria das vezes, é leiga no nosso assunto de interesse. Os
projetos de ensino nos levam a analisar em quais aspectos ou assuntos a própria
comunidade acadêmica padece e, de alguma forma, supri-los.
Já de
antemão, um alerta. Não pense que o PET é a única salvação para seu futuro
profissional. Os aspectos que citei acima também podem ser desenvolvidos com a
participação em outras entidades ou atividades existentes neste câmpus. Aliás,
essas qualidades não se desenvolvem por si só. Em qualquer lugar que estejamos,
é preciso esforço e entrega ao seu objetivo. É a famosa definição de “vestir a
camisa”. Quem se prontifica a participar de programas deste tipo precisa estar
ciente que deve trabalhar e se doar, não apenas ficar sentado esperando que a
oportunidade bata à sua porta. O mercado de trabalho não quer um profissional
apenas com um bom conhecimento técnico. Na verdade, isso é de praxe, uma
obrigação. Mas, procuram aqueles que saibam trabalhar em grupo, lidar com
pessoas, com espírito de liderança, dinamismo e criatividade.
Michelli Fenerich (Malisa - Vet09)
Programa de Educação Tutorial (PETVet)
Programa de Educação Tutorial (PETVet)
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