domingo, 24 de fevereiro de 2013

Formação acadêmica além do convencional



    O Programa de Educação Tutorial - PET - é um programa educacional, criado pelo MEC, que estimula alunos dos mais diversos cursos de graduação a realizarem projetos que unam a pesquisa, o ensino e a extensão. Este é um programa que abrange todas as regiões do Brasil e é bem difundido entre as universidades públicas e algumas privadas. 

    Dentre os PET’s da Medicina Veterinária espalhados pelo país, o PET Vet da FCAV foi o primeiro a ser implantado. Graças à sua pretensão de unir os três pilares da formação acadêmica, os alunos “petianos” formam-se, inquestionavelmente, diferenciados. Quando digo isto, não estou me referindo apenas ao conhecimento técnico mas, especialmente, aos aspectos pessoais e profissionais que, conjuntamente, formam um profissional completo.
“Educação Tutorial” trata-se de um modelo de aprendizagem em que os mais “velhos” passam seus conhecimentos aos mais “novos”. Analisando somente por este aspecto vemos que, tão logo entramos no programa, estamos nos submetendo a aprender com os alunos que já têm certo tempo de experiência. Após um ano, novos alunos entrarão e, então, temos por missão passar tudo aquilo que aprendemos. Ademais, o professor tutor é a figura presente e indispensável em todas as discussões e decisões, nos orientando em todos os aspectos. Também é destacável o vínculo que criamos entre nós, tutor e alunos, pois nos tornamos uma grande equipe, formada de amigos e companheiros de trabalho.

  Nas reuniões semanais somos postos à prova de trabalhar em grupo. São feitas discussões a respeito dos projetos a serem desenvolvidos, onde todos têm a oportunidade de expressar suas ideias e opiniões, de ouvir e serem ouvidos. Participar deste tipo de discussão traz grandes benefícios. Adquirimos o espírito da organização e planejamento, a melhor forma de se trabalhar, de nos dividir e otimizar nosso tempo. Somos constantemente desafiados a improvisar em meio ao imprevisível. Além disso, desenvolvemos a capacidade de pensar. Não apenas aquele ato trivial com o qual estamos habituados, mas sim, idealizar, inovar, utilizar a criatividade inerente a todos os seres humanos, que nem sempre é aproveitada. Aprendemos a aceitar críticas e criticar e, quando o fazemos, que seja da forma correta.

   Ao colocar os projetos em prática, os alunos aprendem a se responsabilizar, pois cada um tem uma função e esta é indispensável ao bom andamento do grupo. Os projetos de extensão, particularmente, acarretam um grande crescimento humanístico e profissional, porque levamos conhecimento e orientações a uma parte da população que, na maioria das vezes, é leiga no nosso assunto de interesse. Os projetos de ensino nos levam a analisar em quais aspectos ou assuntos a própria comunidade acadêmica padece e, de alguma forma, supri-los.

   Já de antemão, um alerta. Não pense que o PET é a única salvação para seu futuro profissional. Os aspectos que citei acima também podem ser desenvolvidos com a participação em outras entidades ou atividades existentes neste câmpus. Aliás, essas qualidades não se desenvolvem por si só. Em qualquer lugar que estejamos, é preciso esforço e entrega ao seu objetivo. É a famosa definição de “vestir a camisa”. Quem se prontifica a participar de programas deste tipo precisa estar ciente que deve trabalhar e se doar, não apenas ficar sentado esperando que a oportunidade bata à sua porta. O mercado de trabalho não quer um profissional apenas com um bom conhecimento técnico. Na verdade, isso é de praxe, uma obrigação. Mas, procuram aqueles que saibam trabalhar em grupo, lidar com pessoas, com espírito de liderança, dinamismo e criatividade.




Michelli Fenerich (Malisa - Vet09)
Programa de Educação Tutorial (PETVet)

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