quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Venha conhecer Chernobyl!

    Em abril de 1986, o desastre nuclear de Chernobyl equivaleu a 400 bombas iguais à de Hiroshima. Milhares de pessoas tiveram que ser deslocadas, formando uma zona de exclusão ao redor da usina. Com o tempo, o local se transformou num santuário ecológico, apesar de ser uma das áreas mais contaminadas do mundo. Toda a área foi deixada apenas para os animais, que se multiplicaram. Espécies que não eram vistas havia décadas, como o lince e a coruja gigante, começaram a retornar.
  Hoje, Chernobyl virou atração turística para aqueles que gostam de viver perigosamente e desafiam os números dos medidores de radiações. Desde 2002, a área está liberada para visitação e o número de turistas que procuram por esse passeio cresce a cada ano. Existem diversas recomendações e uma lista de regras para a excursão. No passeio deve-se levar água potável e não pode tocar em nada. O percurso também é proibido para grávidas, menores de 18 anos e pessoas que possuam alguma contra-indicação para a radiação ionizante. Há um termo de responsabilidade que deve ser assinado pelos visitantes.
Os itinerários organizados podem incluir almoço, transporte, vistos de entrada para o local, acompanhamento de um guia, medição das radiações e passagem pelos escombros que resultaram da explosão do reator nuclear.
  Quem, ao final do passeio, estiver contaminado com níveis não seguros de radiação, não poderá deixar o perímetro imediatamente, sendo que a recuperação pode levar dias.
Pessoas do local dizem que bebidas alcoólicas fortes como vodca ajudam a retirar radiação do corpo, assim como a vitamina C.
  Por iniciativa do governo ucraniano, as excursões acontecem uma vez por semana e os visitantes poderão passar pelas cidades de Chernobyl e Pripyat. Pripyat, onde viviam 45 mil pessoas, hoje, é uma legítima cidade fantasma; todos os edifícios estão em ruínas e, pouco a pouco, tudo é engolido pelo mato. São dezenas de prédios abandonados a se perder de vista. Tudo vazio, saqueado e tomado pelo mato.

Débora Polesel (Di-mel)





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