segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Zooterapia


   A Zooterapia, ou Terapia Assistida por Animais, é definida como um conjunto de técnicas para reabilitação ou reeducação de alterações físicas, psíquicas, sensoriais e comportamentais de indivíduos, em que são usados animais como assistentes. O papel dos animais nessa técnica inclui a atuação como facilitadores da inclusão social e do processo de ensino-aprendizagem, ou ainda como sociabilizadores, ou seja, estimuladores de atividades sociais, físicas e terapêuticas.
   Os benefícios da Terapia Assistida por Animais têm sido descritos em estudos com crianças e adolescentes com ou sem déficits cognitivos, idosos institucionalizados ou não, dependentes químicos, alcoólatras e portadores de diferentes tipos de deficiências ou patologias (SILVA, 2010), visando estimular a atividade motora; reduzir ansiedade e  estresse; estimular a socialização entre equipe e paciente; reduzir alergias; controlar hiperatividade, transtorno de déficit de atenção; e até ressocializar presidiário. Um ponto importante é que o animal tenha passado por um processo educativo para estar apto à introdução dos pacientes e esteja adequado, sob o ponto de vista sanitário, visto que este trabalho muitas vezes é desenvolvido em hospitais, asilos e creches.
   O projeto “Desenvolvendo a afetividade de idosos institucionalizados através dos animais” é um exemplo da influência da zooterapia no cotidiano dos pacientes. A cada 15 dias, alunos da USP e de outras instituições de ensino visitam pacientes do asilo São Vicente de Paula, em Pirassununga (SP), levando animais como cães, peixes, tartarugas, pássaros e até escargots. Esse trabalho vem proporcionando um aumento da afetividade, do ânimo e da socialização dos idosos. Integrado a isso, ocorre a promoção da interdisciplinaridade das áreas da saúde, envolvendo médicos veterinários, enfermeiros, geriatras, fisioterapeutas e psicólogos, permitindo a visão do quadro do paciente como um todo, e de maneira mais consistente.
   Desde 350 A.C, Hipócrates, o pai da medicina, já indicava terapias com cavalos para tratamento de saúde física e comportamental, surgindo então uma área da zooterapia, a Equoterapia, a qual emprega o cavalo como agente promotor. Essa prática exige a participação do corpo inteiro, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da força muscular, relaxamento, conscientização do próprio corpo, e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio. Isso graças à marcha do cavalo, que se assemelha à  do humano, mitigando o caminhar do paciente, estimulando assim a parte sensorial e motora.
   Dessa forma,a zooterapia tem apresentado benefícios significativos para os pacientes, em diversas áreas e, por isso, a importância de ser estudada mais profundamente, com o objetivo de alcançar informações cada vez mais concisas de sua utilização.

Ana Carolina Franco (Yes-baby)


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