A
Zooterapia, ou Terapia Assistida por Animais, é definida como um conjunto de técnicas para reabilitação ou reeducação de
alterações físicas, psíquicas, sensoriais e comportamentais de indivíduos, em
que são usados animais como assistentes. O papel dos animais nessa técnica
inclui a atuação como facilitadores da inclusão
social e do processo de ensino-aprendizagem, ou ainda como sociabilizadores, ou
seja, estimuladores de atividades sociais, físicas e terapêuticas.
Os benefícios da Terapia Assistida por Animais têm sido
descritos em estudos com crianças e adolescentes com ou sem déficits
cognitivos, idosos institucionalizados ou não, dependentes químicos,
alcoólatras e portadores de diferentes tipos de deficiências ou patologias
(SILVA, 2010), visando estimular
a atividade motora; reduzir ansiedade e estresse; estimular a socialização entre equipe e paciente; reduzir alergias;
controlar hiperatividade, transtorno de déficit de atenção; e até ressocializar
presidiário. Um ponto importante é que o animal tenha passado por
um processo educativo para estar apto à introdução dos pacientes e esteja
adequado, sob o ponto de vista sanitário, visto que este trabalho muitas vezes
é desenvolvido em hospitais, asilos e creches.
O projeto “Desenvolvendo a afetividade de idosos
institucionalizados através dos animais” é um exemplo da influência da
zooterapia no cotidiano dos pacientes. A cada 15 dias, alunos da USP e de
outras instituições de ensino visitam pacientes do asilo São Vicente de Paula,
em Pirassununga (SP), levando animais como cães, peixes, tartarugas, pássaros e
até escargots. Esse trabalho vem proporcionando um aumento da afetividade, do
ânimo e da socialização dos idosos. Integrado a isso, ocorre a promoção da
interdisciplinaridade das áreas da saúde, envolvendo médicos veterinários, enfermeiros, geriatras, fisioterapeutas
e psicólogos, permitindo a visão do quadro do paciente como um todo, e de
maneira mais consistente.
Desde
350 A .C,
Hipócrates, o pai da medicina, já indicava terapias com cavalos para tratamento
de saúde física e comportamental, surgindo então uma área da zooterapia, a
Equoterapia, a qual emprega o cavalo como agente promotor. Essa prática exige a
participação do corpo inteiro, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da
força muscular, relaxamento, conscientização do próprio corpo, e
aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio. Isso graças à marcha do
cavalo, que se assemelha à do humano,
mitigando o caminhar do paciente, estimulando assim a parte sensorial e motora.
Dessa
forma,a zooterapia tem apresentado benefícios significativos para os pacientes,
em diversas áreas e, por isso, a importância de ser estudada mais
profundamente, com o objetivo de alcançar informações cada vez mais concisas de
sua utilização.
Ana Carolina Franco (Yes-baby)

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